Disrupção: conceito e aplicabilidade nos negócios
Toda disrupção é inovadora, mas nem toda inovação é disruptiva. Isso porque para ser disruptivo, não basta apenas inovar, é preciso criar um novo espaço de mercado

Enquanto para grandes negócios a disrupção é uma forma de se posicionar no mercado, para pequenas e médias empresas, ser disruptivo pode significar manter o negócio ativo em meio à crises.
O termo foi criado pelo professor Clayton M. Christensen, da Universidade de Harvard, e significa a criação de um novo mercado, que derruba os antigos. Ou seja, um produto disruptivo é aquele que além de fazer sucesso no mercado, tira outro de cena.
A palavra "disrupção" vem sendo usada cada vez mais no mundo empresarial moderno. Mas afinal, você realmente sabe o que esse conceito significa? E como pode aplicá-lo ao seu negócio? Confira esse conteúdo que preparamos para você e tire suas dúvidas. Boa leitura!
Disrupção - conceito e aplicabilidade
Um exemplo claro de empresa disruptiva é a Wikipédia. Visto que antigamente, para alguém saber a definição, contexto ou até o surgimento de certa coisa, tinham que realizar suas pesquisas em uma coleção de livros chamada de enciclopédia. Praticamente toda escola, faculdade ou qualquer instituto de ensino possuía sua própria coleção.
Com o avanço da era digital e a democratização da internet, surge também a Wikipédia. Um site que reúne uma infinidade de conceitos, dos mais variados temas. Isso tudo de forma gratuita e alimentada pelo próprio público que utiliza a página.
É válido ressaltar que a empresa se iniciou pequena e de maneira arcaica. Algo que geralmente acontece na disrupção, pois ela não surge de empresas já consolidadas, mas de pequenos negócios ou startups.
Visto que tradicionalmente, as grandes empresas têm a tendência de manter o mercado como está. Para que dessa forma, elas continuem a estabelecer influência e tendências no mundo dos negócios.
No entanto, é preciso ficar atento às nuances dessa tendência. Apostar na disrupção é apostar no incerto. Afinal, nada garante que a sua ideia disruptiva vai cair no gosto das pessoas e muito menos que vai ser criado um mercado novo por causa dessa ideia.
Algumas vezes, será preciso alterar, ajustar ou adicionar recursos ao produto. Ou então, pode haver diversas perdas no caminho. Nesse sentido, a disrupção de certa forma, é um desafio a ser enfrentado pelos seus criadores.
Além disso, apesar do que muitos acreditam, a disrupção também exige tempo e paciência. Não será de uma hora pra outra que determinados hábitos de consumo irão surgir na população. E se for num mercado conservador, como o brasileiro, pode ser que demore mais tempo ainda.
Diferença entre inovação e disrupção
Toda disrupção é inovadora, mas nem toda inovação é disruptiva. Isso porque para ser disruptivo, não basta apenas inovar, é preciso criar um espaço de mercado novo, assim como um hábito de consumo.
Um exemplo de empresa que é inovadora, mas não disruptiva é a Uber. O serviço de carona por aplicativo foi criado em 2017 e hoje já é mundialmente utilizado. A aderência ao serviço foi tanta, que hoje em dia já existe uma infinidade de aplicativos similares.
Mas o que impossibilita a Uber de ser uma empresa disruptiva, é o fato de que ela não criou nenhum mercado novo. Apenas reestruturou uma demanda que já existia: o serviço de translado feito através de carros.
Ou seja, a empresa apenas pegou grande parte da parcela do público dos táxis, mas não inventou uma nova demanda de consumo através do seu serviço.
Disrupção em tempos de crise para pequenos negócios
O Brasil contava até o ano passado com 6,4 milhões de estabelecimentos comerciais e quase todos são micro ou pequenas empresas. Nesse sentido, o dado que mais alarma é o fato de que esses negócios são os que mais estão sofrendo com a crise que passamos.
Segundo dados do SEBRAE, até maio de 2020, 46% dessas empresas fecharam temporariamente, e outras 43% mudaram de alguma forma o funcionamento de suas operações. Portanto, apostar em novas vertentes de mercado é fundamental
Diversas empresas se reposicionaram no mercado, e conseguiram superar as dificuldades que a crise trouxe. Um exemplo é a Medicinae, uma startup voltada para o setor da saúde. Assim que o distanciamento social começou, a empresa passou a investir na telemedicina.
Ou seja, a Medicina tomou um passo corajoso ao investir numa ação disruptiva. Apesar dos riscos, a empresa está conseguindo passar pela crise, sem grandes estragos no seu faturamento, serviço e equipe.
Como ser disruptivo em 2021
Para os pequenos negócios poderem continuar resistindo em meio à crise que passamos, algumas ações podem ser tomadas para facilitar essa caminhada. Confira a lista que fizemos para você:
Se mantenha conectado com os seus clientes.
Sabemos que muitas empresas acabam sofrendo redução de fluxo de clientes, mas isso não significa "abandonar" os seus clientes. Pelo contrário, é preciso se reafirmar como uma empresa comprometida em se relacionar com o público.
Dessa forma, utilizar os canais digitais, como redes sociais, e-mail ou até mensagens de texto podem ser uma boa forma de alcançar seus clientes neste momento. Vale a pena investir energia nessa relação.
Faça uma análise da situação financeira do seu negócio.
É preciso compreender qual é a situação que você se encontra. Tente se atentar aos seus gastos, pagamentos e riscos que o seu negócio pode evitar. Depois de compreender sua posição atual, tente comparar o seu desempenho perante aos concorrentes.
Ofereça ofertas alternativas.
A disrupção neste momento, caminha em conjunto com novas possibilidades de negócio. Se demonstre aberto à novas formas de fazer negócio. Invista em promoções e testes grátis. Em momentos de crise, o cliente também precisa ser auxiliado.
Além dessas dicas, há inúmeras outras formas de enfrentar um ano de crise com disrupção. Tente encontrar qual se encaixa melhor ao seu negócio e invista sua atenção nela. Assim, a sua empresa poderá passar por esse momento sem grandes perdas.
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Por Redação Whow! em 14 de maio de 2021