Por que é preciso ter um olhar estratégico sobre o modelo de home office
O trabalho remoto pode beneficiar empresas, colaboradores e a sociedade como um todo, contanto que seja planejado. Os números da Home Agent comprovam.

É provável que você, como colaborador ou gestor de uma empresa, tenha refletido em algum momento de sua carreira a respeito do tempo que economizaria caso adotasse o modelo de home office e não precisasse ir e voltar para o local de trabalho todos os dias.
Para grande parte da população de uma cidade como São Paulo, é possível que cada um desses deslocamentos tome quatro horas do dia ou 60 dias por ano. Apesar disso, o trabalho remoto só passou a ser de fato adotado diante das necessidades impostas pela pandemia de COVID-19.
Com a disseminação do novo coronavírus, houve uma corrida pelo home office e pela estruturação de ambientes propícios ao trabalho dentro da casa dos colaboradores. Nesse cenário, destacaram-se as organizações que já estavam prontas para a mudança. “O home office planejado faz toda a diferença, inclusive porque é possível contratar pessoas que têm o perfil ideal para esse modelo, em vez de simplesmente transferir os colaboradores de um local para outro”, explica Fabio Boucinhas, CEO da Home Agent.
Ele fala do assunto com propriedade. O executivo começou em 2011 o primeiro negócio focado na terceirização de serviços de contact center 100% remoto – em uma época em que esse assunto era discutido apenas em empresas com coragem para inovar. “O home office era apenas uma possibilidade futura, mas a pandemia fez com que o modelo fosse disseminado”, detalha. O aumento da demanda mudou a Home Agent de patamar, inclusive porque muitas empresas que ainda testavam o modelo decidiram expandi-lo.
O perfil do home office
Os benefícios presentes no modelo oferecido pela Home Agent vão além do que pode ser percebido a partir dos KPIs das empresas. Boucinhas conta que, antes de trabalharem na companhia, 85% dos colaboradores estavam desempregados ou em uma ocupação informal. O motivo? A maioria dessas pessoas mora longe e/ou é mãe e, caso saiam de casa, não podem ou não querem ou deixar os filhos sozinhos. “Só no ano passado devolvemos 63 anos de vida para a equipe”, comenta. O cálculo parte do princípio de que cada uma dessas pessoas gastaria 60 dias de vida ou 4 horas por dia no transporte público ou privado.
Dessa forma, foram economizadas 500 mil viagens de transporte público e 250 toneladas de carbono. Além disso, o Vale Alimentação disponibilizado para os funcionários tende a ser utilizado dentro do bairro, em um processo de fomento da economia local. “Outra vantagem é o time é qualificado, engajado e experiente”, afirma. “A maior parte do nosso time é formada por mulheres em torno de 35 anos e 60% concluíram o Ensino Superior”.
Como afirma o CEO, para a Home Agent, desafios que surgiram na migração do trabalho in loco para o remoto não são novidade: já estão superados.
POR MELISSA LULIO - 19 DE JANEIRO DE 2022